23|1981|10.02

5.5.03

INUSITADO

Um coelho passa correndo pela rua vazia, numa madrugada fria de sábado, pára na esquina, olha para os dois lados e vira à esquerda.
Eu, bêbada, achei que culpa da pinga com mel no bambu que eu havia tomado.
O Rodrigo, tão bêbado quanto eu, tentava me convencer de que era um cachorro. Desistiu quando viu o coelho virando a esquina.
Eu juro que eu vi um coelho passar correndo na minha frente, às 4 horas da manhã, em frente à fábrica de velas em Lençóis. E digo mais, ele era cinza.