23|1981|10.02

26.3.03

Minha mãe sempre me disse: Homem é tudo igual.

E se não fosse, as reclamações não seriam sempre as mesmas.
Esse trecho tirado do Homem é tudo palhaço, escrito a mais de um ano, descreve exatamente o que eu estava conversando com minhas amigas outro dia:

Não posso falar por todas as suas amigas, mas da minha parte afirmo que não tenho os sonhos românticos da minha avó. Sei que casamentos não são para sempre e que o amor só é eterno enquanto dura.
O que ele chama de “expectativa romântica”, a meu ver, é só consideração. E é isso que eu espero dos homens e poucas vezes encontro.
Não quero que ele deixe de jogar futebol, só quero que me avise que vai fazê-lo e que não nos veremos naquele dia. Não quero impedir um chope com os amigos, desde que ele mostre interesse em me ver outro dia. Não quero um buquê de flores no “dia seguinte”, quero só o telefonema que ele prometeu dar...
Também não quero falso interesse ou elogios rasgados, se não são sinceros. Para que dizer para eu não cortar o cabelo, se ele nem sabe se vai querer me ver no próximo final de semana? Por que fingir interesse pela minha vida, se não vai querer fazer parte dela, nem com amigo, nem como amante, nem como namorado?
É esta falta de consideração em não mostrar interesse ou fingir que tem que vai minando qualquer vontade de se entregar e que acende a luz vermelha de “saída de emergência” toda vez que o coração está se misturando com a buceta.